
O fisioterapeuta Fábio Castro é especialista em Reabilitação Ortopédica da Coluna Vertebral
A lombalgia, popularmente conhecida como dor nas costas é o segundo distúrbio doloroso que acomete os seres humanos, perdendo apenas para a cefaleia (dor de cabeça). De acordo com o INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social é a maior causa de afastamento dos brasileiros no trabalho.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de problemas na coluna. Pelo menos 100 mil deles se afastam do trabalho pelo menos uma vez por ano devido a dores nas costas.
Estudos epidemiológicos apontam que entre 65% e 90% da população mundial irá sofrer pelo menos um episódio de lombalgia ao longo da vida.
“A lombalgia é causada, na maioria das vezes, por má postura e pelo desgaste natural da coluna”, explica o fisioterapeuta, Fábio Castro, especialista em Reabilitação Ortopédica da Coluna Vertebral.
De acordo com Castro, as lombalgias ocorrem, geralmente, após um esforço físico excessivo levando o paciente a sentir uma sensação de ‘travar a coluna’. A dor vai amenizando aos poucos e, em cerca de quatro semanas, desaparece. “É a chamada lombalgia aguda, que não ocorre com frequência, diz.
“Quando o paciente realiza suas atividades cotidianas, como deitar, abaixar, carregar objetos pesados, sem observar a postura correta, isso pode levar a um desgaste da coluna e provocar a lombalgia crônica”, reitera o fisioterapeuta.
Observar a postura durante a realização das atividades cotidianas pode prevenir a lombalgia
A lombalgia também pode ser causada por inflamação, infecção, hérnia de disco, escorregamento de vértebra, artrose (processo degenerativo de uma articulação) e até problemas emocionais.
“A dor lombar acomete a parte mais inferior da coluna vertebral. Afeta a região acima das nádegas, na altura da cintura , face posterior das coxas, podendo chegar até os joelhos. Geralmente começa com baixa intensidade, aumentando progressivamente até afetar a mobilidade do paciente”, destaca Castro.
Tratamento
O ideal é procurar um médico neurocirurgião, que é o especialista mais indicado no tratamento de problemas da coluna, assim que o paciente sentir os primeiros sintomas.
Feito o diagnóstico, o médico irá indicar o tratamento medicamentoso, que inclui anti-inflamatórios e analgésicos, além da fisioterapia, fundamental para o sucesso do tratamento.
Na sala de fisioterapia, o tratamento será realizado de acordo com a indicação médica, o histórico e a necessidade de cada paciente”, reitera Castro.
A inflamação e a dor podem ser tratados com aparelhos de ondas curtas, ultrassom, estimulação elétrica transcutânea e laser. “Esses aparelhos ajudam a aliviar os sintomas e são essenciais no início do tratamento”.
Os exercícios de alongamento devem respeitar o limite da dor do paciente. “Exercícios de alongamento e fortalecimento ajudam na reeducação postural global, com o objetivo de reorganizar toda a estrutura óssea e as articulações, eliminando assim as causas da dor”, diz Castro.
O fisioterapeuta irá indicar exercícios para que o paciente realize também em casa
O fisioterapeuta também irá realizar exercícios para o fortalecimento muscular, exercícios de estabilidade rotatória e exercícios de coordenação motora.
“O tratamento começa de maneira branda e vai evoluindo conforme o paciente reage aos estímulos, até que ele esteja completamente restabelecido e sem dor”, afirma.
Manipulação vertebral
A manipulação vertebral é uma técnica específica que requer muita destreza do profissional de fisioterapia.
“É uma técnica manual indicada para liberar a tensão nas articulações da coluna, indicada especialmente quando há alguma alteração postural, como a escoliose, por exemplo”.
A manipulação vertebral exige muita destreza do profissional fisioterapeuta
O paciente melhora logo após as primeiras sessões de fisioterapia. Em geral, o tempo de recuperação é de três a seis meses.
“Se a pessoa consegue fazer repouso e segue todas as orientações do fisioterapeuta e do médico, o tempo de tratamento pode ser bem reduzido”, destaca Castro.
Por: Fisioterapeuta Fábio Castro atende no Instituto de Neurologia e Neurocirurgia
Fonte: http://www.obemdito.com.br/