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ELETROTERAPIA: CONTRA-INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES EM PACIENTES IDOSOS

Como já foi comentado sobre a eletroterapia em uma postagem anterior (Eletroterapia: estimuladores e suas ações terapêuticas), é preciso conhecer as alterações orgânicas que ocorrem na terceira idade, bem como os riscos que os recursos eletroterápicos podem causar à saúde do idoso.
Assim, a estimulação elétrica não deve ser utilizada, ou deve ser aplicada com extremo cuidado de acordo com as orientações a seguir:
- Não estimular eletricamente pacientes portadores de marcapasso cardíaco ou outros equipamentos elétricos implantados (pode ocorrer interferência entre os aparelhos);
- Evitar o estímulo elétrico na região dos seios carotídeos ou da glote (pode haver interferência na pressão arterial);
- Áreas com implantes metálicos;
- Aplicar o estímulo com cuidado nos casos de doenças vasculares periféricas (principalmente quando há possibilidade de rompimento dos trombos);
- Aplicar com cuidado em áreas com excesso de tecido adiposo (pode haver necessidade de altas doses de estimulação até que se observe a resposta desejada);
- Evitar aplicações em áreas neoplásicas ou nos tecidos com infecção ativa (os efeitos circulatórios da estimulação podem agravas essas condições);
- Pacientes senis, com dificuldade de fornecer informações sobre suas sensações, não devem ser submetidos a estimulação elétrica;
- Monitorar a pressão arterial durante a aplicação em pacientes hiper ou hipotensos (a estimulação elétrica pode causar respostas autônomas).
Precauções:
- Deve existir um circuito isolado para cada equipamento;
- Recomenda-se a utilização de estabilizadores de rede para isolar as oscilações da corrente;
- Uso de fusíveis contra falhas de aterramento (proteção para o paciente e para o aparelho);
- Os equipamentos devem ser tecnicamente aprovados;
- Não usar estimuladores a menos de 3 metros de distância dos equipamentos de ondas curtas ou microondas;
- Sempre checar o funcionamento do aparelho (controles, plugs, luzes, cabos, etc.);
Antes de aplicar os eletrodos no paciente, sempre girar os controles de amplitude de saída para o “zero”, ajustar os parâmetros e aumentar gradativamente a amplitude da estimulação. Após a aplicação, reduzir a intensidade antes de desligar o aparelho; - Nunca aumentar a amplitude durante o tempo “off”;
- Nunca remova os eletrodos enquanto a corrente estiver sendo aplicada no paciente;
- Utilizar eletrodos em bom estado (se o acoplamento não for adequado, observa-se uma significativa queda na tolerância do paciente à corrente);
- Utilizar uma generosa camada de gel entre o eletrodo e a pele do paciente idoso (lembre-se: o ressecamento e aspereza da pele é um dos aspectos mais fáceis de se observar na terceira idade);
- Sempre explicar os procedimentos ao paciente: descrever as sensações que ele deverá ter e interromper o tratamento se as percepções do paciente não forem as previstas;
- Após a aplicação, observar o estado de pele sob os eletrodos (uma densidade de corrente muito alta pode causar lesões dérmicas, sem que o paciente perceba (diminuição da sensibilidade tátil na terceira idade).
Fonte: Fisioterapia Geriátrica / http://inspirar.com.br/