
Nos últimos anos, têm sido possível a reposição de dentes ausentes, através da utilização de implantes osseointegrados como suporte para próteses. A osseointegração é definida como: “uma conexão direta estrutural e funcional entre tecido ósseo normal viável e implante em função”. Segundo a Câmara técnica de fisioterapia orofacial, a fisioterapia buco-maxilo-facial trata-se de uma: “especialidade da Fisioterapia com conhecimentos e técnicas específicas para aliviar dores na face, região oral, cabeça e região cervical, além de reestabelecer a função das articulações temporomandibulares, dos músculos mastigatórios e as regiões citadas”. A atuação fisioterapêutica irá contribuir no pós-operatório (PO) de pacientes submetidos à implantodontia, nas condições clínicas como edema, equimoses, parestesia ( diminuição da sensibilidade), dor, aderência tecidual e rigidez muscular.
Alguns pacientes submetidos colocação de implantes dentários podem relatar no pós-operatório um incomodo devido à uma “sensação de peso” na face, isso deve-se à o acúmulo de líquido ocasionado pelo edema. Portanto, a realização da drenagem linfática manual contribui de forma positiva para a melhora deste quadro. Geralmente, com poucos atendimentos os pacientes relatam melhora significativa.
Outra condição clínica frequente é a parestesia ,uma condição localizada de insensibilização da região inervada pelo nervo em questão, que ocorre quando se provoca a lesão dos nervos sensitivos.Seu principal sintoma é a ausência de sensibilidade na região afetada, mas, em estágios mais evoluídos da parestesia, o paciente poderá relatar sensibilidade alterada ao frio, calor e dor, sensação de dormência, formigamento, “fisgadas” e coceira. Em pacientes submetidos à implantodontia, esta condição ocorre geralmente devido ao comprometimento do nervo alveolar inferior, o qual é um ramo do nervo mandibular que possui duas ramificações, o nervo incisivo e o nervo mentoniano.